Arquibancadas de um estádio da capital se tornaram, em 24 de maio, cenário inusitado para uma conversa sobre saúde mental. O Centro Universitário Santa Cruz apostou na estratégia de levar o tema a um ambiente de forte emoção coletiva, justamente onde manifestações de ansiedade, euforia e frustração aparecem de forma intensa e visível entre torcedores.
Alunos e professores circularam entre o público distribuindo materiais que explicavam sinais de alerta como isolamento progressivo, oscilações abruptas de humor e perda de interesse em atividades cotidianas. Mais do que informar, a proposta era criar pontes: fazer com que as pessoas reconhecessem esses sintomas em si mesmas e nos outros, transformando a empatia em ferramenta prática de cuidado.

Escolher um estádio para falar de vulnerabilidade emocional representa uma aposta ousada da instituição. A iniciativa leva discussões que ainda carregam estigma para onde estão as multidões, provando que saúde mental não é assunto reservado a consultórios, mas pauta urgente que merece circular nos mesmos espaços onde a vida acontece, barulhenta e coletiva.





